terça-feira, 15 de novembro de 2011

Passa o tempo...

As coisas vão mudando em anos, meses, semanas, dias e... até mesmo se você piscar os olhos!

— Maria Gabriela

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ouço a mesma música várias vezes, só para poder te reviver e ter aquela sensação tão gostosa e arrepiante ao mesmo tempo. Me fazendo sentir um suave arrepio na espinha e um prazer anestesiante percorrer o corpo todo.

Maria Gabriela
E de repente, sem premeditar, me olhei nos olhos.
Em olhos que não são só meus, e que muito já viram.
Pensei em falar com a boca de muitos. Com a boca que recitou palavras em línguas desconhecidas. Com a boca que adoçou certos lábios e docemente amargurou certos olhos.
Vi uma pele que queimou e sentiu prazeres inenarráveis. E mãos que afagaram certor cabelos, tocaram certo corpo e definharam certo coração...
Inevitavelmente, durante almas, buscarei a verdade. Para que, enfim, findada seja a redenção.
E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará*

Maria Gabriela


* Evangelho segundo São João, 8,32

sábado, 4 de junho de 2011

Vendei-os!

Sem saber ao certo o que faço, sem ter que cartilha seguir ou planos armados.
Apenas tentando fazer como antes. Porém, tudo parece desandar, feito doce de várias mãos!
Talvez se fosse tudo como antes, mas não...
Aqui, em meus pensamentos, aonde o medo não chega e nem o coração os ouvi, fantasio você inteiramente meu, sorrindo, só carícia! É como se houvesse um mundo só nosso, onde vivemos e sonhamos, sem temer que este desabe. Sem temer que o sonho se desfaça.
Tudo o que quero é te ter por perto, sem que seja preciso sua falta sentir. E se preciso de seu abrigo, de sua proteção, é só para que pereça esse medo de não ter seu abrigo, sua proteção...
Incontáveis vezes pensei em desistir, fingir que esse sofrer nunca aconteceu e arrancar-te do meu eu, porém, nestas mesmas incontáveis vezes, percebi o quão impossível isto é. Afinal, como viver com meio coração, meia alma, meio ser?
E ainda assim, de olhos vendados, sigo sem saber em que bosque ou buraco vai dar essa sua rua.

Maria Gabriela

Se foi..

E são pelos olhos que escorrem as dores deste coração.
O peito se contrai como se realmente houvesse uma gigante mão o apertando.
As vias lacrimais entopem, parece até que as lágrimas disputam qual inundará, primeiro, a visão.
E ainda zumbem, sutilmente, abelhas no pensamento, para que não seja acreditado o que dizes.
Porém difícil mesmo é crer que os lábios que uma vez, delicadamente, acariciaram os meus, sejam os mesmos que dizem verdades tão duras que até parecem mentir.

Maria Gabriela

Sois tu impulsividade!

E não é nada mais como antes.
As palavras sumiram, os gestos, então, se esvaíram.
Talvez tenhamos perdido a essência, ou simplesmente houve um desgaste total.
Passamos eternos minutos sem desfrutar de carinhos, sejam estes quais forem. Na verdade, nem sei se os minutos são tão eternos assim, penso que sejam essa minha impulsividade e intensidade, que fazem de simples coisas as mais complexas possíveis.
Todas essas coisas me atormentam, me confundem, e me fazem perder a certeza das tais coisas que uma mente sã percebe.
Gostar me faz perder a noção do real. E neste caso, em especial, me desfiz do irreal também, só pelo capricho de ser intenso.
E ainda tem mais. Desconheço meu normal!
Não sei se estou certa do que digo.
Agora mesmo, voam, mergulham e se atiram idéias inteiramente contraditórias entre si, e contrárias ao o que já disse.
Ah... que seja! Ou não seja. Sei lá, só quis registrar minhas contradições.
Tenho culpa de minha impulsividade?

Maria Gabriela

domingo, 24 de abril de 2011

Sou...

Sou isso aí, aquilo lá, aquilo outro e o acolá.
A chuva que cai, o sol que brilha a noite que vem antecedendo o dia.
A nuvem que passa a estrela que chega, a brisa que leva pra trazer leveza.
A tempestade que carrega, o turbilhão que gira, o solo que seca a melancolia.
A clareza de uma certeza e a incerteza de uma clareza.
Paradoxo que sou. Ou não sou.
E o indefinível restou.


Maria Gabriela

Presença da sua ausência

Essa sua ausência repleta de presença, repleta de saudade, repleta dessa insanidade que é o querer.
O querer que por vezes quer, e que por vezes recusa o querer.
Ah, e que saudade!
Saudade de um cheiro, saudade de gesto, saudade de um sorriso, saudade de um olhar, saudade de um tudo... de uma nada,
silencia essa orquestra, que ingenuamente, se deixa guiar pelo maestro que se tornou este pobre coração.
Esteja comigo, esteja consigo sem comigo deixar de estar...
Seja comigo, seja abrigo desta doçura que perpetuará.
E que permaneça essa alegria, assim como pereceu a agonia do medo de nunca te encontrar.

Maria Gabriela

sábado, 12 de março de 2011

P.S: Inspiração


 
Inspiração me deu “tchau” e saiu pela janela, não sei se vai voltar.
Virou a esquina, trombou com Acaso, que disse sequer saber se existe mais.
Olhou para um lado, viu Dor. Olhou para o outro (ufa), avistou Amor. Correndo saiu e cantarolando foi.
Amor correu depressa, se assustou com tamanha afobação da pobre Inspiração, que no querer de ser querida, por pouco, não perde a razão.
Inspiração queria muito ter o Amor, mas foi então que Amor pegou carona com o vento, e voou.
Triste, Inspiração no caminho de volta, reencontrou a Dor, que cabisbaixa choramingava por Inspiração que de supetão a abandonou.
Inspiração se afogou de remorso ao ver Dor, que choramingava, com delicadeza foi se aproximando, e sutilmente a abraçou. Dor virou Felicidade, deu a mão à Inspiração. Voltaram, então, para a Poetisa, que alegre ficou.

Ps: Ainda bem que Inspiração voltou!

Maria Gabriela

Ordem e... Regresso!


A gente se acostuma ao sedentarismo, à falta de educação e à hipocrisia da sociedade.
A gente se acostuma a um futuro sem perspectiva, a um passado sem muitos sorrisos e a um hoje sem batalhas.
A gente se acostuma aos crimes arquivados, aos casos isolados e a uma violência sem solução.
A gente se acostuma a viver para trabalhar, a trabalhar para pagar contas, e o lazer que fique para segundo plano.
A gente se acostuma a amores não correspondidos, a afagos pela rotina esquecidos e a beijos sem paixão.
A gente se acostuma a corações feridos, a livros não lidos e a não ter mais histórias de amor.
A gente se acostuma, mas não devia, pois somos seres em eterna evolução, dos quais nós mesmos
esquecemos de tal exatidão.

Maria Gabriela
Cá estou a escrever, sem ao menos saber o porquê.
Tendo em vista que não passam por mim sentimentos frágeis.
Saudade ainda sinto, mas confesso não saber de quem ou do quê.
Há tempos me fechei a sensações que de mim exigissem grande esforço com relação às dores sentimentais.
Porém que por covardia acabo sempre em meio a solidão.
Mas assim chegas com ar de perfeição, e em obrigação me sinto de fingir não ter pressentido tudo isso.
De ser covarde, não deixei, por contrário, ainda sou.
Apenas de ti faço um teste...
Um teste de resistência.
Que me diga se és ou não um mal a tudo pelo que me transformei após tanto sofrer.
Então, tendo a resposta estou.
Assumo que és um mal que por existir se faz cada vez mais necessário ao meu frio e insensível ser.


Maria Gabriela

quarta-feira, 2 de março de 2011

Olhos meus,
Limites meus,
Extremos meus.
De alegria, ou de tristeza
Ei de chorar,
De incertezas e de dúvidas
Vou me afogar,
Neste mar de tempestades serenas e brisas fortes,
Ei de ficar.
Mas se por ventura
Resolveres a certeza me dar,
Juro por este Amor,
Não mais vou chorar.


Maria Gabriela
Estar com você é o meu único e sóbrio desejo.
Rir contigo, contar, discretamente meus segredos, e até mesmo sob o som do silêncio, abraçar-te.
Sentir seu coração junto ao meu, bater num afável e confortável compasso.
Um sentimento que sinto só, porém seu ele é.
Entrego a ti um amor que em troca quer apenas o seu amor.
Mas se por mim o mesmo não podes sentir, peço que deixe-me, mesmo sem ti, te amar.
Pois mais feliz é aquele que ama sem condições exigir, do que aquele que amor no coração e na alma não tem.



Maria Gabriela
Queria poder te falar, das coisas que sinto, das coisas que penso...
Falar de minhas vontades, de minhas esperanças, de meus anseios e receios.
Falar que a vida é curta, e que, portanto, não podemos perder tempo com grandes coisas, pois que está nas entrelinhas a real grandeza.
Te falar que na minha casa o alecrim é mais verde e que as rosas são mais cheirosas.
Que há um cacho de banana só para os pássaros.
Te pedir para ficar e me ouvir, te pedir para não ir e levar consigo toda minha inspiração.
Fique...
Te peço.
Deixe-me fazer de seu silêncio a mais expressiva companhia.
Ah amor, e se sabendo o quanto te gosto, ainda seria Esse que sorri sem preocupação, fala sem pensar no pesar e ouvi de coração aberto ?
Por Deus, esclareça-me tal irrevogável e cruel dúvida.



Maria Gabriela

Veias de Amor

Minhas veias pulsam.
Não suportam o tormento que você as causa.
Meu corpo...
Sente falta do calor dos seus braços.
Mas...
Não sei se quero te esquecer
A cada minuto sinto falta de você...
A cada segundo quero você.
O seu gosto ainda está em meus lábios.
Sustentando-me a cada dia.
Estou presa em você
Às vezes não sei se quero me libertar.
A luz dos seus olhos me ilumina.
Vivo por você
Eternamente por você
Por mais que eu queira...
Nunca tente me esquecer.


Maria Gabriela

SAUDADE

Sinto saudade de sentir saudade de um
Alguém que nunca conheci.
União prévia de sentimentos que se reúnem em um só.
Delírios que ocorrem em um  só momento.
Área essa do coração que está sempre preocupada.
Deitar na cama e tentar relaxar ou...
Envolver-me em um manto de alegria?


Maria Gabriela