sábado, 4 de junho de 2011

Vendei-os!

Sem saber ao certo o que faço, sem ter que cartilha seguir ou planos armados.
Apenas tentando fazer como antes. Porém, tudo parece desandar, feito doce de várias mãos!
Talvez se fosse tudo como antes, mas não...
Aqui, em meus pensamentos, aonde o medo não chega e nem o coração os ouvi, fantasio você inteiramente meu, sorrindo, só carícia! É como se houvesse um mundo só nosso, onde vivemos e sonhamos, sem temer que este desabe. Sem temer que o sonho se desfaça.
Tudo o que quero é te ter por perto, sem que seja preciso sua falta sentir. E se preciso de seu abrigo, de sua proteção, é só para que pereça esse medo de não ter seu abrigo, sua proteção...
Incontáveis vezes pensei em desistir, fingir que esse sofrer nunca aconteceu e arrancar-te do meu eu, porém, nestas mesmas incontáveis vezes, percebi o quão impossível isto é. Afinal, como viver com meio coração, meia alma, meio ser?
E ainda assim, de olhos vendados, sigo sem saber em que bosque ou buraco vai dar essa sua rua.

Maria Gabriela

Se foi..

E são pelos olhos que escorrem as dores deste coração.
O peito se contrai como se realmente houvesse uma gigante mão o apertando.
As vias lacrimais entopem, parece até que as lágrimas disputam qual inundará, primeiro, a visão.
E ainda zumbem, sutilmente, abelhas no pensamento, para que não seja acreditado o que dizes.
Porém difícil mesmo é crer que os lábios que uma vez, delicadamente, acariciaram os meus, sejam os mesmos que dizem verdades tão duras que até parecem mentir.

Maria Gabriela

Sois tu impulsividade!

E não é nada mais como antes.
As palavras sumiram, os gestos, então, se esvaíram.
Talvez tenhamos perdido a essência, ou simplesmente houve um desgaste total.
Passamos eternos minutos sem desfrutar de carinhos, sejam estes quais forem. Na verdade, nem sei se os minutos são tão eternos assim, penso que sejam essa minha impulsividade e intensidade, que fazem de simples coisas as mais complexas possíveis.
Todas essas coisas me atormentam, me confundem, e me fazem perder a certeza das tais coisas que uma mente sã percebe.
Gostar me faz perder a noção do real. E neste caso, em especial, me desfiz do irreal também, só pelo capricho de ser intenso.
E ainda tem mais. Desconheço meu normal!
Não sei se estou certa do que digo.
Agora mesmo, voam, mergulham e se atiram idéias inteiramente contraditórias entre si, e contrárias ao o que já disse.
Ah... que seja! Ou não seja. Sei lá, só quis registrar minhas contradições.
Tenho culpa de minha impulsividade?

Maria Gabriela