Quando você
fica um tempo sozinho, analisa fatos, experiências e erros alheios para formar
o que se deve chamar de “amante perfeito”, e assim, se autodeclarar um desse
tipo. Rela a cara quando cai na botija do relacionamento. Vê, então, que o
abismo é maior do que parece. Você nunca saberá o bastante sobre alguma coisa,
ainda mais quando essa coisa for você, o próprio.
Uma análise
precisa ser feita de fora para dentro, ou seja, você nunca pode ser parte integrante
do problema se quiser uma resolução sábia, prática e, preferencialmente,
“assentimental”.
Os sentimentos
ora estão para os humanos como a Kriptonita estava para o Superman, ora como o
espinafre estava para o Popeye, funcionando como uma faca de dois gumes. Por
vezes nos enfraquecendo, desabando nossa muralha, e por outras nos deixando
fortes e fazendo das armaduras gélidas algo desnecessário.
Maria Gabriela Moura