domingo, 24 de abril de 2011

Sou...

Sou isso aí, aquilo lá, aquilo outro e o acolá.
A chuva que cai, o sol que brilha a noite que vem antecedendo o dia.
A nuvem que passa a estrela que chega, a brisa que leva pra trazer leveza.
A tempestade que carrega, o turbilhão que gira, o solo que seca a melancolia.
A clareza de uma certeza e a incerteza de uma clareza.
Paradoxo que sou. Ou não sou.
E o indefinível restou.


Maria Gabriela

Presença da sua ausência

Essa sua ausência repleta de presença, repleta de saudade, repleta dessa insanidade que é o querer.
O querer que por vezes quer, e que por vezes recusa o querer.
Ah, e que saudade!
Saudade de um cheiro, saudade de gesto, saudade de um sorriso, saudade de um olhar, saudade de um tudo... de uma nada,
silencia essa orquestra, que ingenuamente, se deixa guiar pelo maestro que se tornou este pobre coração.
Esteja comigo, esteja consigo sem comigo deixar de estar...
Seja comigo, seja abrigo desta doçura que perpetuará.
E que permaneça essa alegria, assim como pereceu a agonia do medo de nunca te encontrar.

Maria Gabriela