quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Amor - Parte 1


Gosto quando me pega e me abraça bem forte, é como se quisesse nos fundir mais e mais no outro, mais ainda do que o que sentimos já nos fundiu.
É como se fazer existir um tanto de mim em você, e vice-versa, fosse o que mais importa.
É como se deixar seu perfume em mim resolvesse a falta que me faz quando não estamos juntos. Mas não. Não só seu cheiro, não só a sensação dos seus abraços, não só o gosto dos seus beijos me basta. Quero você por inteiro. Você e só você aqui comigo nessas tão longas noites de frio.

- Maria Gabriela Moura

Pequenas corrupções, grandes ladrões


Diariamente nos deparamos com noticiários e manchetes de jornais retratando alguma novidade do mundo corrupto. São desde escândalos envolvendo grandes personalidades da política a pequenas – porém, não menos importantes – corrupções cotidianas.
Tornamos-nos hipócritas e individualistas a partir do momento que assumimos aos políticos, e a qualquer outro “quem” que corrompa a ética, a total culpa por uma sociedade desigual e fraudulenta. Não se trata apenas de tirar o “nosso da reta”, mas sim, realizar a obrigação que nos cabe. Ou seja, não ser um patriota apenas nas eleições e muito menos cobrar somente do próximo os atos coesos com a moral, enquanto no dia-a-dia corrompemos nossa integridade ao não devolver o troco errado, por exemplo.
Portanto, podemos tomar como partido que a maior corrupção da ética ainda é aquela que está presente no núcleo de vida de cada um, pois a incessante ocorrência desta irá, como uma bola de neve, acarretar as tais grandes corrupções que acontecem dentro dos Parlamentos.

- Maria Gabriela Moura

Salvadores de nós


A cada dia que passa me indigno mais com a com a facilidade que o ser humano tem de não ser merecedor das coisas que reivindica e, principalmente, com a destreza que possui para assumir a primitiva essência de sua espécie.
Sujos, inescrupulosos, seres que causam revoltas a quem, que por misericórdia, partilhe de um mínimo de bom senso. Ética e moralmente falando.
Frequentes, tal como minhas observações, são as comprovações desse fato. Lixo sendo jogado ao léu e às calçadas, que de tão solidárias, já se fazem de abrigo não só dos “sem abrigo” como também dos tantos rejeitos.
Não é preciso ser um grande curioso para encontrar em centros de cidades, por detrás de tantos prédios que exalam exuberância, um verdadeiro império banhado e regado a olhares para umbigos particulares ao invés de milhares de mãos, e não só duas, lavando o corpo todo desse sistema humanoide.
Não tenho a pretensão de que minhas palavras alcancem a consciência do mundo – embora não seja má ideia -, mas desde já deixo um conselho a quem estiver lendo minha súplica: antes que qualquer divindade venha nos salvar, sejamos salvadores de nós mesmos, caso contrário, quem Deus terá para socorrer?

- Maria Gabriela Moura