A cada dia que passa me indigno
mais com a com a facilidade que o ser humano tem de não ser merecedor das coisas que reivindica e, principalmente, com a
destreza que possui para assumir a primitiva essência de sua espécie.
Sujos, inescrupulosos, seres que causam revoltas a quem, que
por misericórdia, partilhe de um mínimo de bom senso. Ética e moralmente
falando.
Frequentes, tal como minhas observações, são as comprovações
desse fato. Lixo sendo jogado ao léu e às calçadas, que de tão solidárias, já
se fazem de abrigo não só dos “sem abrigo” como também dos tantos rejeitos.
Não é preciso ser um grande curioso para encontrar em
centros de cidades, por detrás de tantos prédios que exalam exuberância, um
verdadeiro império banhado e regado a olhares para umbigos particulares ao
invés de milhares de mãos, e não só duas, lavando o corpo todo desse sistema
humanoide.
Não tenho a pretensão de que minhas palavras alcancem a
consciência do mundo – embora não seja má ideia -, mas desde já deixo um
conselho a quem estiver lendo minha súplica: antes que qualquer divindade venha
nos salvar, sejamos salvadores de nós mesmos, caso contrário, quem Deus terá
para socorrer?
- Maria Gabriela Moura
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