quinta-feira, 17 de maio de 2012

Uma dose de whisky e um analgésico, por favor...


Talvez eu devesse ser comum, definitivamente, descomplicaria tudo!
Não teria que me preocupar com certas coisas que me impedem de fazer outras.
Não pensaria no que eu penso, relaxaria mais, seria menos eu, seria feliz, e não poeta.
Dispensaria o “e se…”, o “será?” e o “talvez” também. Adotaria o “é agora!”, o “sinta!” e, sem dúvidas, o “eu te amo”.
E é irônico nossa espécie ser chamada de Homo sapiens. Homo sapiens... Homem que Sabe…
Sabe do que, caraca? Sabe sobreviver, é isso? Só pode ser.
Mas de que adianta essa tal sobrevivência se uma puta duma massa encefálica que carrego aqui, neste crânio de sapiens, não consegue nem mesmo dar conta de mim quando estou “in love”? Parece que houve uma troca de tarefas entre ele e o coração, ou melhor, houve uma sobrecarga de tarefas, porque, sim, o cérebro para de funcionar e joga, covardemente, todo o seu peso neste pobre e fadigado ser de simples quatro cavidades.

- Maria Gabriela Moura

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